"Nova” Vivo Keid dá a volta por cima e vai aos Playoffs
Foto: Cesar Galeão/Riot Games Brasil
Os torcedores da Vivo Keyd têm muito o que comemorar nesta décima semana da Fase de Grupos do Wild Tour. Depois de um início ruim, com apenas uma vitória em cinco rodadas, a equipe renasceu no segundo turno, vencendo três dos quatro confrontos que teve até a Semana 9. Além disso, a VK também contou com o tropeço do Cruzeiro, concorrente direto por vaga no Grupo B, para garantir presença nos Playoffs.
“Depois que o primeiro turno foi uma catástrofe, desastroso, a gente viu que não tinha para onde ir. Foi muito diferente do que a gente imaginava, porque antes do início do torneio, a gente estava focando em se classificar para o mundial, tentar se destacar e, no fim, a gente precisou correr atrás do prejuízo”, disse o Mid Laner, Guilherme “Katrina” Protzner.
“Não adiantava pensar no que poderia vir lá na frente, enfrentando equipes de fora do Brasil, se no campeonato nacional não estávamos conseguindo ganhar.”
Vivo Keyd tem quatro vitórias e cinco derrotas - Foto: Cesar Galeão/Riot Games Brasil
A “volta por cima” da VK aconteceu junto com a mudança na comissão técnica, com troca de técnicos. O novo coach, Gabriel "bielz" Dallaruvera, alterou o estilo do time, antes baseado na estratégia de cadenciar o ritmo dos jogos, trabalhar o mapa e evitar lutas em grupo. Ideias que tinham sido implementadas por Blind, antigo Strategic Coach
“Antes mesmo de montar a line, a ideia era fazer algo diferente. Queríamos jogar no meta asiático, mas sem copiar o que estavam fazendo em outras regiões. A ideia era adaptar a tática para o Brasil. Todo mundo concordou, mas no fim não deu certo”, ponderou o player.
“Foi vergonhoso, principalmente para nós jogadores. A gente quase ficou 0-5 [0 vitórias e 5 derrotas] na tabela. Não tem justificativa tudo o que aconteceu. Simplesmente decidimos fazer o ‘feijão com arroz’, que é Brasilzão, e exige menos disciplina para jogar. Todo mundo aceitou a situação e bola para frente.”
Vivo Keyd pode terminar a Fase de Grupos em terceiro na tabela - Foto: Cesar Galeão/Riot Games Brasil
Scrim x campeonato
Uma das questões que intrigava o elenco da Vivo Keyd, após o início da competição, era exatamente a queda de rendimento não condizer com o que o time fez durante os treinos. Na segunda semana do Wild Tour, Blind afirmou que era uma questão de tempo até a equipe encaixar o que estava sendo feito nas scrims.
“Até mesmo um pouco antes de iniciar o campeonato, a gente percebeu uma queda de rendimento, mas era algo normal. Os jogos foram passando e aí começou a preocupar”, relembrou o Mid.
Conforme as derrotas foram acontecendo, os jogadores foram perdendo sinergia. De acordo com Katrina, foi difícil enfrentar a pressão e ter que desistir de uma tática, que era considerada a melhor por boa parte do grupo.
“O meta asiático é usado em praticamente todo o mundo. Realmente as prioridades de picks e o jeito de jogar o mapa aqui do Brasil são bem diferentes, por isso que estávamos focando em estudar o panorama global. Mas, aos poucos, vamos reencontrar o caminho para evoluir”, ressaltou Katrina.
“A verdade é que não existe jeito certo e jeito errado de jogar Wild Rift. Existe o que ganha o jogo. Vamos fazer o que for possível para seguir vencendo e chegar nas finais”, acrescentou.
Surpresas para os Playoffs
A superação da fase crítica também contou com a mentalidade de Katrina. Aliás, a Rota do Meio é responsável por boa parte das mudanças ocorridas na VK. O jogador garante já ter se adaptado ao novo patch do Wild Rift, variando ainda mais sua pool de Campeões, que antes era praticamente formada por maioria de Assassinos. Esse será um foco do Mid para surpreender os adversários nas partidas da Fase Eliminatória.
“No meta antigo a ideia era explorar mais as sides, então eu apostava mais nos Assassinos. Mas eu sempre joguei com Magos, tanto nos treinos quanto em live e nas ranqueadas. Posso dizer que a minha pool é uma das mais vastas do torneio. E, claro, isso é um elemento surpresa para pegar o adversário despreparado”, disse.
“Se o meta mudar ou a gente decidir fazer alguma coisa diferente ali na hora, em uma decisão, não importa o que tenha que fazer na lane, que eu me garanto. Se for ADC meio, ótimo… Suporte Mid? Ótimo também. O que vier a gente joga.”
Foto: Cesar Galeão/Riot Games Brasil
Antes de disputarem o mata-mata, Katrina e companhia terão o último compromisso do Grupo B contra a líder Los Grandes. Caso vença a série, a VK pode beliscar o terceiro lugar da tabela. Mas, para isso, também precisa torcer para um tropeço da DreamMax contra a XIS.
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