Estudar os concorrentes e ser flexível: a receita da invicta B4
Foto: Divulgação/B4
Na terceira semana do Wild Tour, a B4 Esports assumiu a liderança do Grupo A, considerado o “grupo da morte”, e lá tem permanecido. Ao fim de sua participação no primeiro turno, na última sexta (18), a Força Bastarda se confirmou como a equipe que possui mais vitórias em séries, só tendo perdido uma partida, contra a Omegha, nas últimas cinco semanas.
A receita do sucesso, segundo os jogadores, é não subestimar os adversários. Mas há alguns elementos dos bastidores, que são muito importantes para o desempenho do grupo. Um dos mais importantes no trabalho é o extenso conhecimento do terreno inimigo.
“Pelo que eu tenho de experiência com outras staffs, eu vejo que a nossa preparação antes do jogo é muito mais recheada de informações sobre os nossos adversários. A preparação que a gente faz nos treinos é muito focada em nos preparar para jogar contra o adversário da semana”, contou Bruno "Benras’" Bezerra.
A comissão técnica da B4 é composta por três nomes: Thiago "Djoko" Maia, head coach, Gabriel "void" Doretto, strategic coach, e Daniel "Danagorn" Drummond, analista. O trabalho dos três é direcionado semana a semana, sem se apegar a um único estilo de jogo.
“Na segunda pós-rodada, a gente já começa a estudar o próximo adversário. Aí a gente discute o que eles fazem em jogo, falamos sobre os Campeões e daí surgem as estratégias. É semana a semana. A gente se prepara como se fosse fazer uma prova no final de semana”, disse Benras.
Do outro lado da moeda está a capacidade dos jogadores de se reinventarem. A característica mais latente do time é a flexibilidade. Não existe “certo ou errado” nas lanes, ou seja, o conforto de cada atleta é mais importante do que seguir um determinado meta.
“Nosso ponto mais forte como time é a flexibilidade, essa adaptabilidade, porque todo mundo joga com Campeões diferentes, com diferentes estilos de jogo. A gente tem essa liberdade de ser mais maleável quando vamos fazer a preparação”, afirmou Carlos "CarliTo" Sagrette.
“Além de ser muito bom o fato de nós podermos nos adaptar aos adversários, isso também nos permite tentar coisas novas, traz mais criatividade para a equipe e mais liberdade dentro de jogo. Estamos com uma sintonia muito boa, então podemos tentar fazer coisas diferentes”, acrescentou.
Foco no(a) meta
Mesmo dentro de um ritmo bem ajustado e estudado pela comissão técnica, a B4 se considera distante do cenário ideal. Entre as questões que são temas de debates entre os players e staff está o meta - seja ele global, brasileiro, asiático etc.
O plano de ter um estilo linear num futuro próximo está em pauta, mas nada que seja parecido com o que estão fazendo os concorrentes do Wild Tour ou em outras ligas do mundo. O desejo da B4 é ser campeã jogando de um jeito único.
“A gente não fica brisando nessas coisas de meta asiático, meta brasileiro. Ninguém liga muito pra isso aqui, só jogamos o nosso jogo e vemos vendo até onde é suficiente. Eu prefiro sempre aprimorar a performance do jeito que for bom para mim. Os meus companheiros fazem o mesmo. Se a galera quiser, pode chamar isso de meta B4”, ponderou CarliTo.
O primeiro Campeonato Mundial, o Wild Rift Icons, acontecerá no período de verão na Europa. O torneio terá 24 equipes, com 8 qualificadas diretamente das competições regionais. Esse é o objetivo da B4.
“O foco é ganhar o Wild Tour, e queremos fazer isso da forma em que acreditamos. Sempre conversamos sobre isso: ‘Poxa, esse nível para a gente ganhar aqui no Brasil precisa ser ainda melhor para a gente ganhar no mundial’. É claro que pensamos nisso, mas o nosso foco está aqui, jogo a jogo, sem tentar implementar uma estratégia ou uma filosofia que não caiba na nossa line”,
“Hoje, a gente joga, sim, pensando lá fora [no Wild Rift Icons], mas essa não é nossa única visão. A perspectiva de grupo não é só ganhar aqui no Brasil. Queremos chegar lá no mundial e fazer história, seja sendo campeão, ou saindo de uma Fase de Grupos ou chegando em uma final. O que for.”
Foto: Cesar Galeão/Riot Games Brasil
A B4 Esports reencontra a TSM no próximo sábado (26), logo após o confronto Liberty x LOOPS, que começa às 19h. A série marca o início do returno da Fase de Grupos do campeonato nacional, que vai até a 10ª semana.
WILD TOUR BRASIL 2022: GRUPOS E AGENDA COMPLETA
As partidas estão sendo transmitidas ao vivo nos seguintes canais: Twitch, TikTok, Nimo TV e YouTube. Siga também o @WildTourBR no Twitter e no Instagram para não perder nenhuma atualização do Wild Tour Brasil 2022.