Ranker: o shotcaller da Los Grandes

Dono da Série por quatro vezes, Jungler chama a responsabilidade na tomada de decisões in-game e surpreende comissão técnica

Foto: Bruno Alvares/Riot Games Brasil

André 'Ranker' Cardoso tem o DNA ofensivo da Los Grandes. O goiano de 18 anos tem sido o principal jogador da equipe na Fase de Grupos do Wild Tour e, até a Semana 7, somou quatro títulos de Dono da Série, alcunha dada ao principal player da Md3. Em meio a um momento de ascensão da Onda Laranja, Ranker mostra um lado de quem vai além de ser o “nome do jogo”, mas também de quem chama a responsabilidade e toma as decisões que podem mudar o rumo da partida.

“Eu sou o shotcaller do time. Por jogar na Jungle e ser o cara que toma decisões, é mais fácil de ditar o ritmo de jogo. É mais fácil de dizer como vou jogar e como a minha equipe precisa que eu jogue para ela. É uma via de mão dupla”, contou Ranker.

A Los Grandes chegou ao topo da tabela no Grupo B, após conquistar quatro vitórias consecutivas. Ranker foi destaque em duas delas. As apresentações memoráveis, e muito ofensivas, foram repletas do estilo nato da equipe e do próprio Jungler.

“O jogo agressivo é muito natural para nós. Mas tem um fato curioso aí: gosto sempre de jogar no limite. Aliás, essa é uma característica minha. Tento extrair o máximo possível durante os campeonatos”, ponderou.

“Jogar no limite é saber o máximo que você pode fazer, sem dar errado. Não é tentar uma jogada super arriscada e errar. É fazer uma jogada arriscada, sabendo que aquilo vai dar certo… Ter a certeza que o momento do jogo te permite fazer aquilo”, acrescentou.

Para Galileu, strategic coach da Los Grandes, o principal atributo de Ranker é a inteligência. Muito além de saber dominar a parte prática do jogo, ele gosta de pensar nas estratégias ao lado da comissão técnica. Este foi um dos fatores que definiu sua entrada na line up.

“O Ranker nos impressionou desde quando entrou na Los. Com a experiência que eu trouxe da Rensga, uma coisa que eu disse era que um Jungler precisava ser inteligente, conhecer o jogo e estudar muito. Quando fomos decidir quem entrava, o Ranker foi o que mais demonstrou tudo isso”, disse o treinador.

“A gente queria um Jungle shotcaller. E como ele sabe jogar da forma utility, de carregador, de todas as formas do jogo… Em todos os testes que fizemos, ele sabia como responder e discutir cada ponto. O porquê de tomar decisões ou o motivo de fazer determinadas coisas no mapa. Respondia com inteligência, com conhecimento. É o Jungler que eu sempre quis.”

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Line up da Los Grandes no Wild Tour - Foto: Cesar Galeão/Riot Games Brasil

Pool de milhões

Além da forma de executar as estratégias na partida, Ranker mostra uma alta flexibilidade em sua pool de Campeões. Na mesma série não é comum ver o jogador repetir escolhas. Esta é uma de suas “cartas na manga”.

Diante da Vivo Keyd, na Semana 5, a Los venceu por 2x0, com Ranker criando as principais jogadas ao aparecer com Wukong e Riven. Na Semana 7, na virada sobre a DreamMax, ele teve um dos seus melhores desempenhos na competição ao escolher Fiora pela primeira vez, e na partida decisiva da série.

“Isso é até um pouco engraçado, porque foi o meu foco quando comecei a jogar Wild Rift e o que me trouxe até aqui. Eu não quis ficar preso a alguns Campeões. Decidi que o que estivesse forte, o que fosse usável e o que precisasse ser usado, eu ia usar. Então, quando muda o meta, o patch, ou qualquer Campeão fica mais forte, automaticamente passo a jogar até aprender o máximo que posso”, afirmou.

Neste aspecto, o principal aliado de Ranker é o estudo. Em Goiás, antes de se tornar pro player, o jovem estudava para concurso público durante horas a fio.

A concentração e as técnicas de aprendizado, coletadas antes de ingressar nos esports, hoje são aplicadas para dominar builds e mecânicas dos Campeões. O Jungler já se apresentou com 10 deles, em 17 partidas disputadas.

“Não é fácil ter uma vasta pool de Campeões, até porque tem exemplos no próprio competitivo, de ver os players apostando na zona de conforto. Mas isso vem muito de treino individual também, porque você tem vários Campeões para jogar. E não só jogar, né? Tem que masterizar para conseguir chegar num campeonato e surpreender seus adversários. É o que eu faço.”

Nesta sexta-feira (8), a Los Grandes enfrenta a XIS a partir das 19h. O jogo marca o retorno das equipes ao formato presencial da competição. Todos os times estarão no palco do Wild Tour.

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