Liberty e Omegha se classificam para as finais em Belo Horizonte

Últimas vagas serão definidas neste domingo (1) nos confrontos entre B4 x Miners e Vivo Keyd x DreamMax

Foto: Cesar Galeão/Riot Games Brasil

O segundo dia de Playoffs do Wild Tour carimbou a passagem de duas equipes para as finais em Belo Horizonte, que acontecerão nos dias 7 e 8 de maio. As primeiras classificadas são Liberty e Omegha. Por outro lado, líderes de seus respectivos grupos durante a fase regular, TSM e Los Grandes foram derrotadas e se despediram da competição.

Neste domingo (1), os confrontos B4 x Miners e Vivo Keyd x DreamMax vão definir as últimas duas vagas para as finais. Acompanhe a partir das 13h, com transmissão ao vivo pelos seguintes canais oficiais do campeonato no Twitch, TikTok e YouTube

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Série 1: TSM 0x2 Netshoes Miners

  • Jogo 1: vitória da Netshoes Miners
  • Jogo 2: vitória da Netshoes Miners

Em uma série muito emocionante, a Netshoes Miners conquistou a vitória sobre a TSM por 2x0. As duas partidas da Miners provaram o potencial estratégico da equipe que, com o triunfo, fez a Team SoloMid dar adeus ao Wild Tour.

A ideia da TSM era usar seus pontos fortes para surpreender a Miners, mas o trem mineiro foi mais assertivo no contra-ataque.

No primeiro draft, Tetis escolheu Rengar enquanto Mike pickou Jayce. A tática era atrair os inimigos e fazer abates para tornar seus Campeões mais potentes. A Miners não caiu no esquema inimigo. Xem (Renekton) e Kozy (Galio) impuseram seu ritmo e suprimiram a Rota do Barão e a do meio.

A ação coordenada da Miners fez com que a TSM ficasse atrás no ouro e nos objetivos, até que aos 14 minutos, a TSM aproveitou um ponto cego para executar o Barão. Com o buff, a equipe ganhou tempo, mas não foi suficiente para derrubar torres.

No lance seguinte, a Miners fez uma luta sólida pelo Dragão da Montanha, e ainda aproveitou as ults que tinha em mãos para garantir três abates. A play foi seguida de um Ace e o GG da Miners se concretizou.

No segundo jogo, a TSM apostou em uma composição mais parruda e com assassinos, trazendo Zed (Mike), Kha'Zix (Tetis) e Fiora (Sonyy). Para ter sucesso, a estratégia precisava de farm e vantagem de ouro. Foi exatamente isso que o time fez, 100% focado em escalar os Campeões.

A Miners foi ultrapassada em ouro e em torres durante boa parte do jogo, mas usou toda sua força para derrubar os dois primeiros Dragões. Assim, bastou a equipe trabalhar a contenção e segurar o split push de Sonyy (Fiora), que tinha a ajuda de Leozin (Galio), na Rota do Dragão.

O Suporte da TSM conseguiu um Triple Kill na luta pelo Dragão das Nuvens, e mostrou muito domínio com o Colosso, dando a impressão de que um empate poderia acontecer.

Depois de se segurar como pôde, a Miners fez uma luta perfeita, liderada por Raiiku (Olaf), na disputa pelo Dragão Infernal Ancião. Vendo a briga, Sonyy fez um backdoor na Rota do Barão e chegou a bater no Nexus. Leozin até tentou ajudar, mas a recuperação da Miners aconteceu quando o principal objetivo tinha menos de 200 de vida.

A tentativa de finalizar o jogo seguiu com Tetis, que se escondeu na bush próxima à entrada da base, guardando seu teletransporte para partir em direção ao objetivo. O que ele não contava era com KoZy (Orianna), que passou a call perfeita para que Xem (Sett) e Vilao1 (Braum) ficassem “de guarda” na base.

Com os “seguranças de balada” na retaguarda, o restante do time executou o Barão, uma vez que dois jogadores adversários estavam mortos.

Por fim, Tetis tentou o avanço, com os outros dois companheiros, mas todos foram punidos. Após o Ace, só bastou a Miners ir pelo corredor da Rota do Meio e acabar com o jogo.




Série 2: Los Grandes 1x2 DreamMax

  • Jogo 1: vitória da DreamMax
  • Jogo 2: vitória da Los Grandes
  • Jogo 3: vitória da DreamMax

A DreamMax conseguiu se adaptar ao meta no segundo dia de Playoffs, após sofrer contra a B4 na estreia do mata-mata. O time venceu a Los Grandes, por 2x1, e segue viva na disputa por uma vaga nas finais em Belo Horizonte.

Desde os primeiros momentos no Rift, a DMX trabalhou bem as rotas laterais, sem medo de usar os novos itens, Quebracascos e Ruptor Divino, com os quais Nix revelou que a equipe vinha tendo dificuldades de adaptação. Inclusive, foi com o dueto de itens que LeonHard (Jayce) conseguiu realizar o split na Rota do Barão.

O jogo seguiu equilibrado, com poucos momentos mais favoráveis para a DMX. No entanto, na última luta antes do GG, a Los Grandes perdeu todas as chances de reagir contra Zero8 (Kha'Zix), que estava basicamente invencível.

A segunda partida teve muita semelhança com draft anterior, mas o pick de conforto de Wukong apareceu nas mãos de Ranker para cumprir seu propósito: garantir mais lutas a favor da Los Grandes.

A DreamMax fez um bom macro game, apesar de sofrer vários abates, e até esbanjou uma vantagem de ouro em certo momento. Mas a DMX aproveitou mal os avanços nas rotas laterais e deixou que os Campeões adversários se fortalecessem.

Na hora do pico de poder, a DreamMax levou a pior e sofreu pick offs em efeito dominó. Assim, a Los Grandes passou a responder todos os avanços inimigos gankando quem aparecesse no caminho. Quando encontraram espaço suficiente para invadir a base, fato que só aconteceu com quase 30 minutos, a Onda Laranja inundou o Nexus da DMX.

Para decidir a série, as organizações voltaram ainda mais atentas para não se expor e focaram no principal objetivo do jogo: derrubar torres.

A Los Grandes até tentou propor mais jogadas, por meio de Ranker (Xin Zhao) e Padaa99 (Gragas), só que o jogo de poucos abates não favoreceu o farm.

A formação da DMX, que tinha Jayce (LeonHard) forçando a Rota do Barão e Veigar (MouseGOD) fechando o meio ao lado de Karma (Nix), sofreu um pouco. Mesmo assim, o grupo foi mais esperto para ceder os objetivos que não precisava em função de defender a lane mais exposta.

No fim das contas, a vitória ficou nas mãos da DreamMax, que errou menos no “tête-à-tête”.



Série 3: Vivo Keyd 1x2 Liberty

  • Jogo 1: vitória da Vivo Keyd
  • Jogo 2: vitória da Liberty
  • Jogo 3: vitória da Liberty



Fazendo a Vivo Keyd provar do próprio “veneno”, a Liberty virou o placar, por 2x1, e garantiu presença nas finais em Belo Horizonte. A equipe mais jovem do Wild Tour trabalhou o coletivo de forma excepcional e mostrou seu valor na disputa pelo título.

Logo no jogo 1 foi possível notar as mudanças feitas pela VK no primeiro dia de Playoffs, que tornaram Katrina (Zed) o principal criador de jogadas. A Rota do Meio se fortaleceu e acelerou o ritmo da partida. Foi nesta ideia que o grupo se apoiou.

Com a estratégia, a velocidade da Vivo Keyd deixou a Liberty atordoada e com a necessidade de ceder alguns objetivos. Do outro lado, LorD (Kha'Zix) recolhia recursos na Selva e trabalhava em parceria com Maynah (Galio), vez ou outra, para limpar minions.

O ponto de vitória da VK aconteceu na contestação do Dragão das Nuvens, quando LorD fez um Triple Kill. A partir dali, não houve como parar a Vivo Keyd, que levou toda a Rota do Meio e também tinha vantagem nas outras duas lanes.

Um ponto interessante foi como a VK trabalhou bem o posicionamento de LorD (Fiora), que coletou a maior parte dos recursos graças à line up que jogou em função do Caçador.

No jogo 2, a clara reação da Liberty encontrou com a tática menos centralizada da Vivo Keyd, que prejudicou o Jungler.

Na team fight pelo Dragão Infernal, por exemplo, a VK errou muito nos posicionamentos. O flanco potente da Liberty fez a equipe sair em vantagem, com o objetivo em mãos e ainda com abates.

A soma de Dragões, aliado ao altíssimo dano que a equipe já estava aplicando, tornou o cenário catastrófico para a VK. O time de Katrina ainda tentou reagir, mas as rotas foram bloqueadas pela Liberty, que aproveitou o buff do Barão para empatar a série.

No encerramento, a Liberty utilizou a tática de aceleração dos oponentes contra eles mesmos e, novamente, colocou Boss para brilhar.

O Atirador provou ser o maior carregador da Liberty, com mais de 17 mil de ouro, e mais uma apresentação clean com Kai’Sa. Foram três abates, quatro assistências e apenas uma morte no jogo derradeiro, garantindo team fights de qualidade e o GG.



Série 4: Omegha Esports 2x0 B4 Esports

  • Jogo 1: vitória da Omegha Esports
  • Jogo 2: vitória da Omegha Esports

A Omegha Esports confirmou a passagem para as finais após vencer a B4 por 2x0. Mostrando um trabalho coeso, o time liderado por Benignus e Suits não abriu mão da estratégia linear e provou que ser especialista em um estilo de jogo faz diferença no competitivo.

Na primeira partida, a Omegha usou o mix de Magos e Tanques para encaminhar uma vitória tranquila. A equipe controlou o mapa tanto na visão quanto nos objetivos e pouco precisou agressivar seus adversários para abrir uma larga vantagem.

Shotcaller da Omegha, Benignus (Nunu e Willump) foi imbatível na Selva. O trânsito livre do Jungler foi um dos pontos que a B4 mais teve dificuldade em lidar. Apesar de letter (Xin Zhao) fazer um boa partida, o grupo não conseguiu acompanhar as rotações, e muitas das jogadas acabavam morrendo no “paredão” formado pela dupla Huya (Renekton) e Selinaah (Sona).

Além disso, SuitS (Orianna) teve um alto aproveitamento das ultimates durante as lutas em grupo, dificultando a mobilidade dos inimigos.

A Omegha passou ainda mais lisa no jogo 2. O destaque ficou para o split push de Huya (Shen), que deitou e rolou na Rota do Barão. Apostando na dobradinha, SuitS (Orianna) passou intacto, sem morrer, e coordenou a defesa do time.

A B4 se esforçou para tirar objetivos das mãos de Benignus (Gragas), mas o jogador estava em uma noite inspirada e, com dano mágico e ults rápidas, limpou a Selva em mais uma partida. Foi um show de estratégia e mecânica da Omegha, que agora já está garantida nas decisões em Minas Gerais.


Confira os confrontos que vão definir as duas vagas restantes para Belo Horizonte:

  • 13h - B4 x Netshoes Miners
  • A seguir - Vivo Keyd x DreamMax


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