Kinzin - O maestro da Liberty volta aos palcos
Foto: Cesar Galeão/Riot Games Brasil
As finais do Wild Tour acontecem no teatro MinasCentro, em Belo Horizonte. Neste sábado (7), a Liberty entra no campo de batalha contra a Omegha, a partir das 13h, pela semifinal. O confronto, entre duas equipes classificadas para o Icons, tem um personagem em especial que já conhece muito bem a cidade, onde nasceu, e os palcos dos jogos: Kinzin.
Há quatro anos, em 2018, Bernardo "Kinzin" Azevedo pisava no teatro para se apresentar, mas de uma forma bem diferente, através da música. À época, o atual Jungler da Liberty tocava flauta transversal na Banda Sinfônica Jovem de Pirapora, que fica a quase 350 km da capital mineira, e participou de um evento junto com orquestra sinfônica.
“Vou pisar no palco e tenho certeza que vou ficar todo arrepiado. É muito emocionante estar aqui, mas ao mesmo tempo me sinto muito tranquilo, porque sei que vai ser um momento único, assim como foi quando me apresentei. A música e os jogos são parte de quem eu sou e poder experimentar essas duas sensações me deixa muito grato”, contou.
Foto: Cesar Galeão/Riot Games Brasil
Pela influência do pai, Kinzin iniciou na banda de Pirapora aos 10 anos. A música ainda não era algo que chamava sua atenção, mas ele se dedicava aos instrumentos de sopro a fim de encontrar um que o fizesse se interessar mais. Em alguns meses de treinamento, o que era uma obrigação virou uma obsessão.
“Quando eu peguei gosto pela coisa, comecei a me dedicar totalmente. Para mim, foi muito louco ver que eu estava melhorando e acabei ficando obcecado pela flauta. Eu chegava 6h, às vezes às 5h, para poder tocar lá onde era o ensaio da banda. Mergulhei de cabeça mesmo”, disse.
Pelo rápido aprendizado e intermináveis horas de dedicação, Kinzin adquiriu bastante conhecimento e repertório, a ponto de, aos 12 anos, o maestro, Alex Domingos, convidá-lo para ensinar as crianças mais novas da banda.
“Criei muita responsabilidade e aprendi a me comunicar muito bem para poder ensinar o que eu tinha aprendido. O maestro era como um pai para mim e não media esforços para me ajudar em tudo o que eu precisasse. Ele me ensinou a ter disciplina, me aplicar aos estudos e foi uma pessoa muito importante para eu me tornar quem eu sou hoje”, lembrou emocionado.
Foto: arquivo pessoal
Maestro dentro do campo de batalha
Apesar de ainda ser um adolescente, com 17 anos, o jogador mostra que a maturidade adquirida durante o período na música foi um aprendizado também para a vida. Com a chegada da pandemia, a banda precisou interromper suas atividades e Kinzin ficou sem ter como tocar, uma vez que todos os instrumentos eram emprestados para ele. Longe das flautas, do sax e das partituras, ele precisou ocupar o tempo e aprendeu a jogar Wild Rift.
“O que era só diversão, desde a época do LoL, começou a ficar sério quando passei a me destacar na ranqueada. Recebi proposta de um time depois de fazer um try out, participei de alguns torneios e, em cerca de um ano, fiz o teste da Liberty”, disse.
“Algum tempo depois, o Julião [strategic coach] me ligou e perguntou: ‘Kinzin, você veste bem de azul e branco? Porque você está contratado’”, relembrou.
Line up completa da Liberty - Foto: Cesar Galeão/Riot Games Brasil
Kinzin se considera um bom jogador, mas mecanicamente confessa que ainda tem muito o que aperfeiçoar. No entanto, para ele, as principais colaborações para o elenco estão em organizar ideias e motivar os companheiros.
“Quando cheguei, as coisas não estavam bem. O clima do time estava complicado por conta de várias mudanças muito repentinas que aconteceram. Foi aí que eu usei a tática que aprendi com o maestro, que é esvaziar a cabeça e só se concentrar na música que você precisa tocar”, afirmou.
“Aos poucos, fui trazer muito dos meus conceitos de músico para o Wild Rift e tudo isso tem me ajudado demais e também colaborado com os meus companheiros de equipe. Acredito que hoje desempenho meu papel muito melhor sendo shotcaller e falando onde todo mundo tem que estar no mapa.”
Neste sábado, Kinzin e companhia enfrentam a Omegha, pelas semifinais do Wild Tour. O Jungler promete uma Liberty energizada e pronta para encarar o desafio no palco, a partir das 13h.
“É hora de mostrar a força da nossa equipe. Podemos ser o grupo mais jovem do campeonato, mas ninguém estuda tanto e se dedica tanto quanto a gente. Queremos esse título e eu quero esse título em casa.”
Foto: Cesar Galeão/Riot Games Brasil
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