Expectativas para o Wild Tour 2022
O cenário competitivo do Wild Rift começou há menos de um ano, mas o nível de disputa em solo brasileiro já dá sinais de um crescimento progressivo. A chegada de novas equipes, além da democratização que o jogo mobile permite, explicam o sucesso do Wild Tour e o "hype" para o início da temporada 2022.
"Tanto equipes quanto jogadores estão fazendo de tudo para que esse início do Wild Rift dê certo. O engajamento entre times e comunidade também foi muito bom, e isso me chamou muito a atenção em 2021. É claro que as equipes que já tinham contato com o competitivo tiveram um desempenho melhor, mas foi uma explosão o que aconteceu nas qualifiers", disse Ravena Dutra, comentarista do Wild Tour.
"O pessoal ainda está descobrindo como o Wild Rift funciona. Espero que neste ano de 2022, em termos gerais no competitivo, os times subam um degrau", acrescentou.
Dentre os aspectos de destaque, o desempenho da equipe campeã brasileira no primeiro torneio internacional, a Wild Rift Horizon Cup, mostrou que a cena competitiva pode ser promissora também fora do território nacional.
No Wild Tour Finals, a TSM derrotou a favorita Só Agradece, levando a Md7 até a última partida em uma disputa equilibrada, com um placar de 4 a 3, e foi a representante do País no campeonato em Singapura. Na campanha da Horizon Cup, em novembro, a Team SoloMid encerrou sua participação com uma vitória e três derrotas, em quarto lugar no Grupo A - com o melhor desempenho de uma equipe ocidental, à frente de Europa, América do Norte e LATAM.
"Se a gente tem mais de um time forte, isso para a gente é maravilhoso. Eu sou muito positiva neste aspecto do desempenho do Brasil. Tanto no VALORANT quanto no LoL, eu sempre boto muita fé, mesmo que a gente tenha nossos traumas. No Icons nós podemos ir ainda mais longe", ponderou Fogueta, repórter do CBLOL e comentarista do CBLOL Academy.
"Já fiquei surpresa com as novidades para esse ano, porque a janela de transferências (entre as equipes) já foi bem movimentada. Isso me chamou muito a atenção, porque eu não esperava que fosse tão grande assim já no primeiro ano."
Democratização do MOBA
A facilidade de jogar no mobile influencia na quantidade de praticantes. E assim como em outros esportes eletrônicos, quanto mais pessoas jogando, mais alta será a performance dos pro players nos campeonatos.
Uma pesquisa realizada pelo Centro de Tecnologia de Informação Aplicada da FGV (Fundação Getúlio Vargas) revelou que há 234 milhões de smartphones ativos no País. Uma média de mais 1 dispositivo por brasileiro.
"O Brasil é um país extremamente desigual socioeconomicamente falando. São raras as pessoas que conseguem ter acesso a um PC bacana, uma internet rápida ou até consoles. Já sobre os celulares, há mais smartphones ativos no Brasil do que habitantes. Com a chegada do Wild Rift, temos um combo: um jogo que já deu certo, que é o LoL, na mão de praticamente todo mundo, né?", disse Melão, comentarista do VALORANT, que passou pelo CBLOL.
A Pesquisa Game Brasil mostrou que 72% dos brasileiros jogam, sendo que, deste montante, 40,8% usam os dispositivos móveis (jogos mobile) todos os dias.
"A partir do momento que o jogo é de celular, ele se torna mais acessível. O celular é uma parada que você pode jogar no metrô, no ônibus. Todos esses elementos tornam o cenário competitivo do WR muito promissor."
As Qualificatórias Abertas, em formato de eliminação simples para as 512 vagas disponíveis, começam nesta quinta-feira (13) e vão até o dia 16 de janeiro. Já a segunda etapa das Qualificatórias acontece entre 20 e 23 deste mês. A primeira semana do Wild Tour Brasil terá início no dia 18 de fevereiro.