Do PC ao mobile, Maynah “abandonou tudo” por sonho de ser pro player
Foto: Vivo Keyd/Divulgação
O paraibano Antônio Maynah Costa de Araújo, 24, Suporte da Vivo Keyd, carimbou o passaporte para o Wild Tour Brasil 2022 na primeira Qualificatória Aberta da temporada. Vivendo tempos de ascensão na carreira, algo que chegou a duvidar que pudesse acontecer em diversos momentos - antes de migrar para o Wild Rift, agora ele busca se tornar relevante no cenário.
“No começo de 2016, eu decidi tomar a decisão de ‘dar a cara a tapa’, abandonar a faculdade de engenharia elétrica e tentar me tornar pro player (de LoL)”, contou Maynah. “Eu preferia a sensação de largar tudo, tentar e dar errado, do que nunca ter tentado. Não conseguiria seguir no meu curso, pensando que eu nunca tentei fazer o que eu queria.”
Caçula da família, Maynah se apaixonou pelo universo dos jogos online graças à influência de um dos seus quatro irmãos, Abner. No entanto, sua relação com o League of Legends foi muito além do que ele (e sua família) poderiam imaginar.
“Meus olhos brilharam com a possibilidade de ser pro player de LoL. Foi algum tempo depois de eu descobrir que existia o competitivo. Ao mesmo tempo em que isso se tornou meu sonho, eu passei na faculdade”, afirmou.
“Foi aí que comecei a ter muitas brigas dentro de casa, com a minha mãe, porque eu queria tentar seguir o meu sonho, mas não tinha nada concreto que me desse segurança. Aquele período foi muito difícil porque fiquei nesse dilema.”
Foto: Vivo Keyd/Divulgação
Em 2016, a decisão de trancar o curso para jogar profissionalmente chocou a família. Maynah ainda não tinha nenhum contrato em vista.
“Psicologicamente, foi uma época muito complicada, com uma pressão muito grande, porque eu tinha que fazer dar certo. Afinal, estava abandonando tudo. Mas foi um ano em que eu pude me dedicar aos treinos. Eu não tinha que dividir o meu tempo. Em 2017, consegui entrar para o competitivo pela primeira vez”, relembrou.
Autoconfiança abalada e entrada no Wild Rift
Depois de dar o primeiro passo e conquistar a sonhada entrada no competitivo, Maynah passou por um novo período de turbulência. O trabalho como Suporte na Avalanche GG (organização que não está mais em atividade) abriu as portas para a badalada INTZ, onde sua passagem teve altos e baixos. Os anos foram de autocobrança.
“Quando me tornei pro player do LoL de PC, eu ainda era muito imaturo. Não tinha tido muitas experiências de vida. Então o LoL foi mais um aprendizado. Como não estava preparado, me deixei abalar muitas vezes pelos erros que cometi. Psicologicamente, ainda não estava pronto para ser um atleta”.
Mais uma vez, Maynah se viu em um dilema. O medo de não se destacar na profissão tirava seu sossego, o que abalou a autoconfiança. Sem contrato em 2020 e com o psicológico afetado, o player resolveu mergulhar em uma nova oportunidade.
“Eu tinha tentado o LoL de PC e não tinha dado certo. Então, fiquei sabendo que o Wild Rift tinha sido lançado na Europa. Foi difícil, porque eu nunca tinha jogado absolutamente nada mobile, sempre achei estranho. Mas como eu já estava em uma decepção muito grande, resolvi, mais uma vez, dar uma chance para fazer dar certo. Estou aqui graças a isso”.
Suporte outra vez
Na primeira temporada do Wild Tour, Maynah vestiu a camisa da Só Agradece, na posição de Atirador, diferentemente do seu período no LoL, em que jogava de Suporte. O atleta foi vice-campeão como ADC, mas resolveu voltar às origens após o convite da Vivo Keyd para integrar a line-up de 2022.
“Quando entrei no Wild Rift, queria fazer tudo diferente. Não queria repetir nenhum erro. Achei que mudando de posição e etc, mudaria tudo. Mas a verdade é que quem está diferente sou eu. Amadureci a ponto de entender que posso voltar a ser Suporte e me destacar”, afirmou.
“O Blind (coach da VK) teve um papel muito importante nisso. Ele abriu a minha mente para o LoL, passou uma visão sobre o jogo que é muito mais ampla. Está me fazendo ser um jogador muito mais completo. Agora, me sinto pronto para ser campeão.”
Foto: Vivo Keyd/Divulgação
O Wild Tour Brasil começa no dia 18 de fevereiro, com 12 equipes divididas em dois grupos. Dentro da chave, eles se enfrentam em ida e volta, no formato Md3. Os quatro melhores de cada grupo vão aos playoffs. A Qualificatória Aberta #2 acontece nesta semana, entre os dias 20 e 24, para definir os últimos quatro times que vão integrar o torneio. O valor total de premiação desta temporada será de R$ 1,4 milhão.
Veja os resultados da Qualificatória Aberta #1
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